
A mestria das mãos dos homens e das mulheres do Douro, pacientes em trabalhos delicados ou ágeis na arte de transformar duras matérias, perpetuou-se na forma de fazer hoje o artesanato tradicional.
Através dos tempos as mulheres souberam transformar a lã dos rebanhos em cobertores, meias, capuchas e tapetes. As suas mãos experientes teciam, bordavam e moldavam cestos e chapéus de palha e vime. A latoaria, a olaria, a tanoaria, a correaria, a tamancaria ocupavam as horas e os dias do homem do Douro ao mesmo tempo pastor e agricultor. Hoje, ainda é assim em muitos recantos escondidos do Douro. Nas aldeias e vilas, as casas, as pontes, as calçadas são feitas de granito e xisto moldado por gerações de habitantes que perpetuaram na história os seus saberes e artes. Bordados e rendas de linho que fazem ainda a alegria das raparigas casadoiras. Cestos de vindima, tonéis, barris, almotolias, púcaros de barro preto, chapéus de palha, cintos e correias, calçado são história vivadesta gente. Os novos artesãos e as cooperativas têm nos nossos dias um papel fundamental na manutenção e inovação deste património, recuperando para as gerações vindouras antigos materiais, dando-lhes novas formas e utilidades.
cesto típico